domingo, 31 de julho de 2011

Alvaro Soares é o Torcedor do Mês de Agosto


Eu sou Alvaro Soares, mineiro de Belo Horizonte, 47 anos, casado,
pai de 3 abençoados filhos, formado em Economia e Computação e pós-graduado em Administração Financeira. Estou nos EUA à 12 anos, trabalho na área de Tecnologia da Informação, gosto de Tênis, Voleyball e Futebol,  e como não podia deixar de ser,  sou  torcedor do Galo (Clube Atlético Mineiro).


Como surgiu o seu amor pelo Atlético Mineiro?

Bom meu pai era torcedor do Vila Nova, mas gostava do Galo também, minha mãe não tinha time, mas o meu tio era um torcedor fervoroso do Galo. Quando eu tinha uns 6 anos de idade ele me levou ao Mineirão e eu estava comendo pipoca quando eu presenciei um grandioso espetáculo: pessoas entrando correndo com bandeiras pretas e brancas gigantescas e logo atrás deles uma banda de música (o qual mais tarde aprendi que o nome era  Charanga  do Galo ), que fazia todo o concreto  e meu corpo tremer, e uma multidão de pessoas cantando em uma só voz um hino empolgante. É isto aí, o que me cativou foi este hino do Galo, o qual nunca mais me esqueci e assim começou o meu amor pelo Atlético Mineiro.
Charanga do Galo Mineiro


Craque preferido

Toninho Cerezo, apesar dele ter marcado pouquíssimos gols, pois era líbero (meio campo), era um gênio com a bola, capaz de colocar qualquer goleador na cara do gol, um gigante. Foi premiado com a Bola de Ouro em 77 e 80.


Narre um Fato engraçado ocorrido contigo por causa do futebol:

Na verdae só me lembro de um fato recente, o casamento da minha irmã. É que o meu cunhado é torcedor,  mais que fanático do Galo . E como toda família não é perfeita, há alguns  torcedores do Cruzeiro. Pois bem, na recepção do casamento dele, lá por volta das tantas da noite, de repente as luzes do salão se apagam e ele e minha irmã entram  pela frente do salão, com a charanga do Galo, tocando o hino do Atlético. Ora, não é que todos os meus parentes, cruzeirenses,  também foram atrás da charanga do Galo cantando e dançando com o hino?! PRICELESS (isso não tem preço)... E está tudo gravado no DVD...



Um jogo inesquicível

Na verdade um jogo inesquecível, foi também o momento de maior alegria e de maior tristeza. Final do campeonato Brasileiro de 1977. Minerão lotado, quase 103 mil torcedores, recorde de público do campeonato Brasileiro. O jogo de ida contra o São Paulo tinha sido 0x0. O Galo tinha a melhor campanha, 49 pontos ganhos em 20 partidas, enquanto que o São Paulo tinha 36 pontos, a defesa menos vazada, e o arilheiro do campeonato era o Reinaldo com 28 gols.


Marcava uma era de ouro do Galo que tinha sido campeão Mineiro invicto no ano anterior. Todo este espetáculo era uma alegria para os olhos, um jogo inesquecível, mas não somente pelos momentos alegres, mas pelo momento mais triste, uma entrada faltosa desleal, no centroavante Reinaldo, que não só o retirou da partida, como marcou o fim de sua carreira de ascenssão no futebol, pois teve que passar por várias cirurgias para se recuperar desta contusão, e nunca mais foi o mesmo. Sem contar que o resultao foi a vitória de 3x2 nos penaltis, para o São Paulo.


Se não fosse Atleticano, para quem torceria?

Eu acredito que se não fosse atleticano, não seria torcedor de nenhum outro time. Vejo muitos amigos falarem que em tal estado são de um time e em outro sou outro time, mas eu nunca tive amores por outros times. Na verdade, no meu modo de ver, torcer para o Galo é mais que ter um time para tocer, é um estilo de vida. O atleticano é maroto, gozador, que vibra nas alegrias e nas tristezas. É como o torcedor do Red Sox, ficou 86 anos sem ganhar um título, mas sempre teve o seu estádio cheio.



O que você lembra da conquista do Brasileiro de 1971?

Quase nada, pois eu tinha 7 anos de idade. Só me lembro na verdade do Dadá Maravliha e sua cabeçada "beija-flor" (é, o cara parava no ar mesmo...risos)



O que falta no Atlético para que as conquistas maiores acontecam?

Na verdade não é o que está faltando, mas o que está sobrando: Dinheiro. Raramente hoje você vê jogador falar e jogar por amor a camisa, é tudo por causa da fama, do dinheiro e pelo sonho de ser vendido para o futebol europeu. No pasado você via jogadores começar e terminar a carreira no mesmo time, hoje, é uma questão de tempo para o empresário achar uma proposta melhor. Jogador de futebol hoje é investimento e quem manda neles, são os empresários.


Na sua opiniao, os eventos esportivos do Apostolado Brasileiro são válidos? Porque?

Esporte sempre é bom, especialmente os esportes coletivos, que se organizados de forma coerente e amigável, acabam por reforçar o senso de comunidade e integração.

Alvaro no I Torneio de Volley do AB em 2009



Um time do exterior que te chama atenção?

Bom, como eu moro nos EUA, o meu time no exterior preferido seria o Galo... risos. Mas como eu sei que você está perguntado de outro time, que não é brasileiro, eu gosto um pouco do Atlético de Madrid, não pelo fato de ser Atlético, mas pelo fato de que na década de 70 ter tido um primo que jogou para eles, o Leivinha. Assim aprendi a apreciar aquele time. A propósito, o atual meio campo da seleção, Lucas Pezzini Leiva, também é meu primo, mas não o conheço pessoalmente, portanto não adianta pedir autógrafo. 

Leivinha no Atlético de Madri 


O Meia atuou na Copa América - Argentina 2011


Você entra no Mineirão com a camisa do galo e percebe que a sua cadeira está na seção dos cruzeirenses. O que faria?

Isto, pelo menos enquanto eu morava em BH, era impossível de acontecer.
Até mesmo os policiais não deixariam você fazer isto porque saberiam que é tumulto na certa. Mas caso acontecesse, com certeza mudaria de lugar, não por causa do local, mas por causa da minha integridade física... risos.
Mascotes arquirivais


Deixa uma mensagem para os esportistas: O esporte é bom, mas não é tudo. Nunca troque o estar com a família ou o ir a Missa, por uma partida de futebol. O equilíbrio é fundamental em todas as situações de nossa vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário